O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou diversas medidas para bancos do Rio Grande do Sul, para mitigar os impactos econômicos dada à calamidade pública.
Dentre elas, foi validada a liberação de R$ 8,3 bilhões para bancos que possuem mais de 10% de suas carteiras de crédito emprestadas a municípios em estado de calamidade no Rio Grande do Sul. Esses recursos, previstos para chegar em 27 de maio, serão provenientes da suspensão, por um ano, do compulsório sobre depósitos de poupança. Os compulsórios são uma parcela do dinheiro dos clientes que os bancos devem manter no Banco Central (BC).
Juntamente com o Banco Central, responsável pela fiscalização das instituições, foram aprovadas outras medidas como a possibilidade dos bancos não classificarem como "ativos problemáticos" as renegociações de crédito afetadas pelas enchentes, mantendo a classificação de risco dessas operações no nível registrado em 31 de março de 2024, mesmo para renegociações feitas entre 1º de maio e 31 de dezembro de 2024.
Além disso, o CMN autorizou que as vistorias técnicas para o pagamento de indenizações do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) sejam realizadas remotamente usando sensoriamento remoto e parâmetros de produtividade dos municípios, acelerando o processo de indenização para os produtores rurais afetados.